Energias. Perpétuo Movimento | Fundação EDP

Energias. Perpétuo Movimento

Energias. Perpétuo Movimento

24 ABR 2024 - 07 OUT 2024

MAAT Central

Objeto coleção MNA - Biface
Biface - St. Acheul, França (MNA)

Energias. Perpétuo movimento desafia o público a descobrir a beleza imprevista na arqueologia e na engenharia. A exposição, que pode ser vista nas Sala das Caldeiras e Sala dos Cinzeiros da antiga Central Tejo, estabelece um diálogo entre objetos da coleção do Museu Nacional de Arqueologia (MNA) e da Coleção do Património Energético da Fundação EDP.

Este encontro entre duas instituições museológicas, o MAAT e o MNA, ocorre num momento em que este último se encontra encerrado no âmbito de um processo de remodelação no quadro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mantendo, graças à abertura de instituição vizinha, a ligação com o público.

Nas duas salas do emblemático edifício industrial da cidade de Lisboa exibem-se objetos inventados e usados pela humanidade desde a pré-história ao período industrial. Em todos estes momentos, a luta pela sobrevivência obrigou o ser humano a explorar e a intervir no meio ambiente, originando novos instrumentos para dar resposta às suas necessidades. E também para mobilizar as fontes naturais de energia como o sol, a água, o vento e o fogo, que influenciaram o rumo das sociedades humanas e que são indispensáveis ao desenvolvimento de recentes desenvolvimentos tecnológicos a partir de fontes renováveis, a caminho de um futuro comum, o da descarbonização do planeta.

Entre as peças da coleção do MNA, destaque para os quatro painéis do Mosaico de Ulisses de Santa Vitória do Ameixial, alusivos aos ventos e às estações do ano, que são apresentados publicamente pela primeira vez após vários trabalhos de restauro no Museu Nacional de Conímbriga. De salientar, também, um biface (um dos primeiros artefactos produzidos pelo homem), proveniente da estação arqueológica de Saint Auchen (França), do período do Paleolítico Inferior, que integra a coleção real de D. Luís do Museu Nacional de Arqueologia. E ainda um invulgar relógio de Sol, datado do ano de 1775, uma complexa ferramenta científica que se destinava às aulas de geografia e gnomónica da então Real Casa Pia de Lisboa.

Do espólio da Coleção do Património Energético da Fundação EDP destacam-se a chave de válvulas, uma ferramenta de trabalho usada na Central Tejo entre 1908 e 1972, que documenta o apogeu do vapor de água. Uma fotografia dos anos 50 do século XX da Barragem de Santa Luzia, no concelho de Pampilhosa da Serra. E um sofisticado mecanismo tecnológico conhecido como submarino, que permite efetuar a ligação e passagem de dois cabos elétricos no subsolo.

A dialética entre os bens culturais arqueológicos do MNA e a Coleção do Património Energético da Fundação EDP, exposta em permanência no edifício da antiga Central Tejo, é uma celebração da liberdade criativa e imaginativa com que a humanidade soube aproveitar, manipular e potenciar os recursos naturais.

“Esta parceria entre o MAAT e o MNA revelou-se incontornável do ponto de vista institucional, mas também curatorial, inscrevendo-se um dos eixos de identidade do MAAT. O diálogo entre as coleções dos dois museus, apresentado no espaço do património edificado da Central Tejo, cobre o tempo de toda a aventura criativa da humanidade favorecendo a promoção, a divulgação das culturas científica e tecnológica e a consciência face aos desafios que o futuro nos coloca, reforçando assim a nossa ligação à multiplicidade de públicos que queremos envolver”, afirma João Pinharanda, diretor do MAAT.

António Carvalho, diretor do MNA, reforça que as coleções reunidas para a exposição “foram alinhadas em torno da ideia de como as energias presentes na natureza foram aproveitadas, dominadas e potenciadas pelas tecnologias que o ser humano criou, desenvolveu e controla”, lembrando ainda que “o complemento de título desta exposição - ‘Perpétuo movimento’- se inspira na virtuosa composição do guitarrista português Carlos Paredes (1925-2004), ‘Movimento perpétuo’, constituindo singela homenagem ao homem e à obra, no ano em que celebramos meio século de liberdade e democracia em Portugal.”

A exposição insere-se no Programa de Celebração dos 130 Anos do Museu Nacional de Arqueologia e no Programa de Celebração dos 50 Anos do 25 de Abril. Tem como curadores João Pinharanda, Diretor do MAAT, António Carvalho, Diretor do MNA, Rosa Goy e Ivone Maio da equipa de Museografia, Reservas e Documentação da Fundação EDP e, ainda, João Pimenta e Patrícia Batista da equipa do MNA.

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18 Abr 2024