Carlos Bunga, Architecture of Life | Fundação EDP

Carlos Bunga, Architecture of Life

Carlos Bunga, Architecture of Life

The Architecture of Life

23 de janeiro a 20 de maio de 2019

Central

‘O meu projeto é uma espécie de arquitetura; não é um espaço real, mas uma ideia mental.’ As estruturas escultóricas e pictóricas de Carlos Bunga (n. 1976) sugerem a arquitetura como corpo e espaço mental.

Carlos Bunga cresceu no concelho de Lisboa e estudou pintura na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha — uma universidade alternativa e vanguardista onde vários artistas da sua geração estudaram e produziram os seus primeiros trabalhos. Em 2003 venceu o Prémio Novos Artistas Fundação EDP. A sua obra começou por ganhar destaque em 2004, na Manifesta 5 de San Sebastian, onde criou a sua primeira instalação efémera de grande escala, propositadamente destruída durante a inauguração da exposição. Atualmente, o artista vive e trabalha perto de Barcelona, em Espanha.

A exposição começa com uma pequena maquete de habitação social onde o artista cresceu, e que mais tarde viu ser demolida. É o início de uma viagem desde a miniatura ao monumental. A exposição documenta as construções de grande escala que o artista cria e destrói como performance, e é animada por vídeos das suas interações com o mundo material, constituindo a primeira grande retrospetiva da sua obra. O artista apresenta também, pela primeira vez, três novas instalações criadas especialmente para o MAAT que envolvem o espectador numa complexa experiência espacial.

Na sua prática, Carlos Bunga sempre se interessou pelas propriedades do cartão, simultaneamente leve e robusto. Para além de construir espaços, o artista também utiliza este material para criar esculturas de fantásticos habitats e objetos domésticos. Estes são apresentados tendo como pano de fundo grandes pinturas monocromáticas. A sua obra combina uma poderosa materialidade com a evocação de estados psíquicos.

Encenando ciclos de construção e destruição, Bunga explora condições de despojamento e nomadismo, a natureza da experiência espacial, e o potencial criativo e simbólico da ruína.

Esta exposição é apresentada em paralelo com uma mostra de trabalhos sobre papel de Carlos Bunga, na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa.

 

Foto: Bruno Lopes

01 Jan 2019